quarta-feira, 29 de junho de 2016

História de Israel - O Sionismo Moderno (2)

História de Israel - O Sionismo Moderno (1)



 Sir Moses Haim Montefiore
A simpatia pela causa Sionista contou com figuras políticas de relevo, como Sir Moses Haim Montefiore, um judeu britânico, banqueiro, empresário e filantropo, e o Barão Edmond Benjamin James de Rothschild, um judeu francês, banqueiro, filantropo, artista e figura de destaque na Sociedade.
  
Barão Edmond Benjamin James de Rothschild
Kalischer (ver post anterior) viajou pela Alemanha, angariando simpatizantes para irem para Israel cultivar a terra. O filho do rabino Kalischer, Wolf Kalischer, fundou a escola agrícola Mikve Israel, localizada perto de Tel Aviv, apoiada financeiramente pelo Barão Rothschild. O zelo de Kalischer e  a sua devoção incessante pela sua causa, combinados com as suas boas relações com homens poderosos da época, fizeram dele um dos pilares do moderno Estado de Israel.

Embora a maioria dos influentes Sionistas iniciais fosse de ascendência asquenazita, os judeus sefarditas* tiveram também papel de relevo. Judá ben Solomon Hai Alkalai, nascido em Sarajevo, escreveu um livro cujo tema da redenção através do regresso à Terra de Israel teve grande impacto nos escritos de Kalischer.
 * - Judeus sefarditas são os que, após a destruição do Sendo Templo de Jerusalém, vieram instalar-se no Ocidente da Europa e Norte de África.



Moses Hess, francês, filósofo e judeu secular, activo no início dos anos de 1860,  viu a ascensão do nacionalismo na Itália e na Alemanha, e previu que os alemães acabariam por ser intolerantes com as aspirações nacionalistas dos outros povos.
No seu livro, "Roma e Jerusalém: A Última Questão Nacional", que passou relativamente despercebido no seu tempo, declarava que o estabelecimento de uma pátria para os judeus na Palestina era a única solução duradoura para o anti-semitismo. Hess foi homenageado posteriormente pelo seu papel no estabelecimento do Estado de Israel.

"A época do domínio racial está a chegar ao fim. Mesmo os mais pequenos povos, sejam eles germânicos ou românicos, eslavos ou nórdicos, célticos ou semitas, assim que avançarem com as suas reivindicações a um lugar entre as nações históricas, vão encontrar apoiantes e simpatizantes entre as poderosas nações ocidentais civilizadas".
Moses Hess - "Moses Hess, Rome and Jerusalem" via Zionism on the Web

Os pogroms (ataques anti-semitas) na Rússia, de 1881 a 1884, destruíram milhares de lares judeus em 166 cidades em todo o Império do Sul. Ao princípio, as mortes não eram em número elevado, mas as famílias foram reduzidos à pobreza. 


O czar culpou os judeus pelos pogroms (como hoje os islamistas matam judeus e afirmam que são os judeus os atacam) e promulgou duras restrições contra eles. Nos anos 1903 a 1906, um pogrom muito mais brutal eclodiu, matando cerca de 2.000 judeus. Outros motins eclodiram em Odessa entre 1859 e 1905, causando centenas de mortos.


Os pogroms foram parte do plano de russificação do Czar Alexandre III. Alexandre acreditava que a Rússia só poderia ser forte se fosse "verdadeiramente russa". Tentou forçar a saída de todas as minorias étnicas da Rússia. Um grupo que Alexandre queria fora da Rússia eram os judeus. Os pogroms são o nome dos cossacos enviados para destruir as aldeias judaicas. Pogrom tornou-se uma palavra que significa um motim dirigido contra um grupo particular de pessoas. Aparentemente, a ideia de russificação não funcionou muito bem. Não muito depois, a Rússia foi derrotada pelo Japão na Guerra Russo-Japonesa - via pgawaorld.

"Não creio que fosse jamais popular em França a aliança com um povo estúpido e sem livros. Todo o ser de alta civilização espiritual gosta que os amigos, com quem se mostra perante o mundo, pertençam à mesma alta elite" - Eça de Queirós sobre a aliança francesa com a Rússia de Alexandre III (na imagem).

Estes ataques obrigaram os judeus a modificar a percepção do seu estatuto na Rússia; a imigração para os Estados Unidos e a ideologia Sionista experimentaram um crescimento, no seguimento destes ataques anti-semitas. Embora a maioria dos judeus que fugiam da Rússia tenha ido para os EUA, alguns grupos decidiram fazer aliá (ir para Israel, a Terra dos seus ancestrais).
Bibliografia: Stand With Us.

Jewish Virtual Library



Vida quotidiana judaica na Ucrânia: pessoas humildes, honestas e trabalhadoras como estas, por serem judeus, têm sido ao longo da História acusadas, sem jamais ter sido apresentada qualquer prova, de "dominarem secretamente o Mundo" e outros absurdos. Ainda hoje, na Internet, o velho mito se reveste de novas e sofisticadas formas. Dantes, eram acusados de envenenarem os poços, hoje são acusados de serem lagartos do Espaço que dirigem secretamente a suposta sociedade secreta Illuminati.
Em baixo: Filmes caseiros raros descrevem a vida em família, as festas de aniversário, as férias, e muito mais, um vislumbre da vida dos indivíduos judeus na Europa, que logo depois foram arrastados para a destruição do Holocausto - United States Holocaust Memorial Museum

Em baixo: uma entre muitas histórias de heroísmo: Corrie ten Boom (1892-1983), cristã, fiel da Igreja Reformada Holandesa, protestou contra a perseguição nazi aos judeus, escondeu e salvou muitas vidas, acabando por ser presa. As diferenças de crença religiosa não a impediram de ver em cada ser humano um irmão. É esse o ideal que o Mundo conheceu através dos Judeus, precisamente.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

História de Israel - O Sionismo Moderno (1)


Fuga para a Liberdade

    O "Sionismo" já existia como conceito, não necessariamente sob esse nome, desde os tempos Bíblicos, quando os judeus, sofrendo durante seu primeiro exílio na Terra do Egipto, foram liderados por Moisés e começaram a sua jornada de regresso a casa, para a Terra de Israel.

    Desde então, tem havido vários períodos ao longo da História judaica durante os quais os judeus foram exilados da sua terra ou perseguidos dentro dela. No entanto, os judeus, persistentemente, teimosamente, sempre se recusaram a desistir da sua terra natal, e em todas as gerações têm tentado voltar para casa e reviver a cultura e a vida judaica em Israel. Exemplos não faltam: Ezra e Nehemias, que trouxeram os judeus de volta do exílio Babilónico e reconstruíram o Segundo Templo; ou Nachmanides e Judah Halevi, dois grandes estudiosos da Idade Média que deixaram as suas casas na Diáspora para irem para Israel. Quatro nomes numa grande lista, de pessoas e de famílias, cujo objectivo de vida foi o regresso à sua terra natal.


    A Idade das Luzes ( "Haskalah", em Hebraico), durante os séculos 18 e 19, revolucionou a forma como as outras nações viam os judeus, e a maneira como os judeus se viam a si mesmos. Começou finalmente a ser concedida aos judeus igualdade de direitos e cidadania em países de toda a Europa, começando pela França, e muitos assimilaram a sua nova cultura e país, popularizando o judaísmo secular. Ao mesmo tempo, o anti-semitismo estava em ascensão, mas desta vez teve motivação racial, e já não religiosa. Para muitos judeus, o aumento do anti-semitismo, particularmente na Rússia, combinado com as noções iluministas da era do "nacionalismo" agitaram de novo as aspirações Sionistas.



 Vilna Gaon - imagem do site Jewish History
    
Vozes judaicas influentes reconheceram a importância de o povo judeu tomar medidas para restabelecer Israel como a pátria dos judeus. O Vilna Gaon, um sábio da Torá lituano, exortou os seus seguidores a fazerem aliá (regresso) e repovoarem a Terra de Israel. Embora ele mesmo nunca tenha ido para Israel, após a sua morte, um grupo de 500 dos seus seguidores empreendeu a árdua viagem para Israel, entre os anos de 1800 e 1812. Acabaram por se instalar em Jerusalém, espalhando os ensinamentos do Vilna Gaon e estabelecendo uma vibrante presença asquenazita* em Israel.
       * - Asquenazitas são os judeus que após a destruição do Segundo Templo em Jerusalém, se refugiaram na Europa de Leste.

    O Rabino Zvi Hirsch Kalischer, um rabino alemão que viveu no início do século 19, foi um dos primeiros Sionistas modernos, e também tomou medidas práticas para reconstruir a Terra de Israel. O seu objectivo era restabelecer Israel como Pátria para os judeus perseguidos da Europa de Leste, bem como melhorar a vida dos judeus que já viviam em Israel. Ele acreditava que, como nos tempos Bíblicos, o sucesso na terra dependia das realizações agrícolas.
   
O Rabino Zvi Hirsch Kalischer, num selo comemorativo, de 1916 (repare-se que em 1916, Israel estava ainda sob domínio Turco, e viria a passar para o domínio e Britânico, mas a simbologia, a Língua e o homenageado dão Judeus, como judaica sempre foi a Terra de Israel)

    Com doações de judeus da Diáspora, Kalischer planeou cultivar a terra, abrir uma escola agrícola, e formar um grupo militar, a fim de proteger os novos e frágeis. assentamentos O seu livro, Derishat Zion, resume a sua filosofia: Os judeus só podem sobreviver se se ajudarem a si mesmos, e eles deveriam fazê-lo contribuindo monetariamente para a revitalização da Terra de Israel.


    Esse movimento foi chamado Hovevei Zion, que significa Amantes de Sião. Foi um precursor do movimento Sionista moderno. O seu objectivo era promover a imigração para Israel, e fazer progredir os assentamentos judaicos existentes, centrando-se especificamente no desenvolvimento agrícola.

Bibliografia: Stand With Us.

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 Mapa da Terra de Israel desde 1516 - do domínio Turco-Otomano à actualidade. Nunca existiu nenhuma "Palestina" Árabe!

domingo, 5 de junho de 2016

História de Israel - Após a Primeira Guerra Mundial

Dicionário Larousse, ano de 1939. Na página da esquerda, em cima, na bandeira da Alemanha, que era então a bandeira nazi, com a respectiva cruz suástica. E como era, em 1939, a bandeira da Palestina?
 
Era assim:

"Palestina" foi o nome  dado pelos ocupantes Britânicos à Terra de Israel. Nunca existiu nenhuma Palestina árabe. Israel é a terra dos judeus, desde há MILÉNIOS. Como Portugal é a terra dos portugueses, não importa quantos nomes tenha tido (Condado Portucalense, Reino de Portugal e dos Algarves, República Portuguesa) ou que tenha estado sob a soberania Espanhola.

Este é mais um post da série HISTÓRIA DE ISRAEL. Não pretendemos ser exaustivos, e aconselhamos os nossos leitores e amigos a estudarem de diversas fontes e a compararem-nas. Esta série é dirigida aos que nada sabem - sobretudo aos que acreditam na doutrinação dos media afiliados ao islamismo (Al-Público & Companhia) que tentam fazer passar a ideia peregrina de que os judeus "invadiram" Israel após a Segunda Grande Guerra. Esse tipo de propaganda é a versão actual do Nazismo, tenhamos isso bem presente.

Pode ler esta série também no nosso blogue-arquivo:  O Melhor do 'Amigo de Israel'


A Orquestra Sinfónica da Palestina, em 1936. Na imagem podemos ver o seu fundador, Bronislaw Huberman, e o compositor Toscanini. Em 1948 a orquestra mudou o nome para Orquestra Filarmónicade Israel. Todos os músicos eram judeus.


A Grã-Bretanha e a Liga das Nações criaram o Mandato da Palestina como o lar nacional judeu em parte por causa do número crescente de judeus e das suas realizações no período pré-Primeira Guerra Mundial. Entre 1890 e 1915, a população judaica aumentou de 42.900 para 83,000. Os judeus, já livres do jugo Otomano, construíram infra-estruturas, fizeram prosperar fazendas, vilas e cidades, criaram instituições sociais, introduziram inovações, como comunas socialistas (que ainda hoje existem, os famosos kibutz), fizeram reviver o Hebraico e criaram uma cultura rica.

Os judeus de novo livres na SUA TERRA, a Profecia que se cumpriu.

Durante o Mandato Britânico (1920-1948), os Sionistas continuaram as suas políticas de antes da guerra, comprando e restaurando a terra, muitas vezes utilizando técnicas agrícolas inovadoras, que trouxeram prosperidade a uma terra que parara no tempo durante o domínio Otomano.

 Mapa da Terra de Israel desde 1516 - do domínio Turco-Otomano à actualidade:

 


Os Sionistas também desenvolveram a indústria, as centrais de produção de energia, a vida urbana e as  instituições sociais, como sindicatos, partidos políticos, hospitais, universidades e até uma orquestra nacional.
Três universidades foram fundadas antes de 1948. A Ópera Hebraica actuou pela primeira vez em 1922. A Orquestra da Palestina  depois denominada  Filarmónica de Israel, foi fundada em 1936.
A selecção de futebol da Palestina disputava jogos internacionais como a equipa nacional da terra dos judeus.

Jogo de futebol entre Austrália e Palestina, no ano de 1939. Os jogadores da Palestina eram judeus, obviamente:


Os Sionistas esperava viver em amizade e cooperação com a população árabe da região, e acreditavam que o restabelecimento da terra iria beneficiar a todos. Muitos árabes saudaram este desenvolvimento, que também atraiu imigrantes árabes de países vizinhos.


Drenando pântanos em Israel em 1920. 
Estima-se que 25 por cento a 37 por cento dos imigrantes de pré-estado de Israel eram árabes, e não judeus. Só entre 1922 e 1946, cerca de 100.000 árabes entraram no país, vindos de terras vizinhas. Cerca de 363.000 judeus emigraram no mesmo período.
Bibliografia: Stand With Us.

Jewish Virtual Library


A poesia do narguilé e da indolência apaixona os hippies-halal.

A epopeia da renovação da Terra de Israel, quando passou do domínio islâmico Otomano para a administração Britânica, causa horror à extrema-esquerda, toda palestinianista, e particularmente aos seus hippies-halal, a malta mais nova, que cola cartazes e vai para a rua apoiar a "Palestina", com bandeiras gay ao ombro.

Esse tipo de gente cultiva um puritanismo retorcido, que lhes dá uma imagem positiva da miséria, do imobilismo e da barbárie do mundo islâmico, como qualquer coisa mais próxima de conceitos difusos de "raízes" e de "Natureza", por oposição às conquistas de um povo industrioso como os judeus.


 A banalidade do trabalho árduo horroriza os hippies-halal.


Israel, para esses, é o símbolo de tudo o que os assusta, nomeadamente a realidade e o trabalho. O mundo islâmico, por outro lado, a essas almas imberbes de meninos pedantes que só conhecem o mundo pelos livros do 12º ano (mal estudados), fascina profundamente.

Israel simboliza tudo o que odeiam, porque os assusta: patriotismo, dever, trabalho, religião, ética.

Fale-se em "Sionismo" a um desses caracteres pusilânimes, e começam a espumar pela boca. Para eles, os "Zionistas" foram os malvados que violaram o doce idílio islâmico que se vivia em Israel em tempos e lugares que eles não sabem precisar, porque nada sabem de História nem de coisa nenhuma, e porque nunca existiram.

Em suma, deram-lhes cabo do Jardim do Éden anarquista que só vive nas suas cabeças cuidadosamente despenteadas de idiotas úteis. Acreditam, nas suas fantasias, que o inferno islâmico é um paraíso. Alguns, infelizmente, pagam com a vida tais ingenuidades:

Ela foi mostrar quão pacífico é o Islão...



10 em cada 10 hipsters preferem TERRORISMO!

sábado, 4 de junho de 2016

História de Israel - o Renascer

Este é mais um post da série HISTÓRIA DE ISRAEL. Não pretendemos ser exaustivos, e aconselhamos os nossos leitores e amigos a estudarem de diversas fontes e a compararem-nas. Esta série é dirigida aos que nada sabem - sobretudo aos que acreditam na doutrinação dos media afiliados ao islamismo (Al-Público & Companhia) que tentam fazer passar a ideia peregrina de que os judeus "invadiram" Israel após a Segunda Grande Guerra. 

Pode ler esta série também no nosso blogue-arquivo:  O Melhor do 'Amigo de Israel'


História da Terra Santa desde 1516 sob a forma de mapa.

Os judeus são o povo nativo da região historicamente conhecida como Palestina, onde têm vivido ininterruptamente por mais de 3.000 anos. Mesmo depois da conquista romana, no primeiro século, as comunidades judaicas permaneceram, e, periodicamente, floresceram, e os judeus exilados regressaram, em ondas de imigração. 
Mas os judeus tornaram-se uma minoria oprimida na sua terra natal, e os seus números subiram e desceram ao sabor da bondade ou da crueldade dos diferentes governantes da região. Nos anos 1700 e no início dos anos 1800, os impostos exorbitantes, a discriminação, a perseguição e os desastres naturais trouxeram a comunidade judaica para uma nova depressão.


Esta imagem de judeus orando no Muro das Lamentações, em 1870, é tida como uma das primeiras fotografias de judeus rezando no local - ver notícia no Daily Mail. Por esta altura, pastavam rebanhos de cabras na agora tão "importante" Mesquita de Al-Aqsa.

Em meados de 1800, uma nova energia imbuiu a comunidade judaica na Palestina. Com a ajuda de filantropos como Sir Moses Montefiori e as doações de judeus anónimos em todo o mundo, os judeus foram saindo das cidades e começaram a comprar fazendas e a construir aldeias e escolas. Mais exilados voltaram. Em 1854, os judeus eram o maior grupo religioso em Jerusalém; em 1870, eles foram mais uma vez a maioria da população da cidade.
 
Sir Moses Montefiori

Entre 1882 e 1914, um novo tipo de imigrante judeu chegou - os "Amigos de Sião" e outros Sionistas pioneiros - que lançaram as bases para o Estado judaico moderno.



Estes imigrantes buscavam libertar-se da opressão e da perseguição que haviam atormentado os judeus na Europa e no Médio Oriente.

Eram jovens idealistas, enérgicos, imbuídos dos princípios políticos ocidentais e dos sonhos de libertação nacional que foram varrendo toda a Europa.

Os judeus que retornaram não tiveram nenhuma nação poderosa para os ajudar. Não tinham armas. Muitas vezes não tinham nem um tostão.



Im Nin'Alu (Se as Portas Estão Fechadas... ). Intérprete: Ofra Haza. Poema: Rabbi Shalom Shabazi (1619-1720). Música - Tradicional judaica Iemenita.
A terra, que fora escassamente povoada, tinha-se tornado estéril. Os judeus queriam restaurar a outrora famosa fertilidade da terra e construir aldeias e comunidades onde estas não existiam. A região era um recanto empobrecido do Império Otomano. Em 1880, havia apenas um número estimado de 250.000 a 400.000 pessoas, muitas das quais eram também recém-chegados, que não tinham senso de unidade ou identidade étnica ou nacional. A sua lealdade era para o Império Otomano, o seu grupo religioso, o seu clã e a sua comunidade local.


 Crescimento da população Árabe em Israel.


Os judeus compraram terras legalmente, sobretudo de proprietários ausentes, e desenvolveram-nas, fazendo o deserto florir, literalmente. A maior parte eram terras não cultivadas, pantanosas ou de dunas de areia.

Através de trabalho árduo, os primeiros pioneiros judeus limparam os terrenos baldios e os pântanos cheios de malária, reflorestaram as encostas e construíram cidades e aldeias.

    "Ninguém imagina as dificuldades, a doença e a miséria que eles [os primeiros Sionistas] sofreram. Nenhum observador longínquo pode sentir o que é estar sem uma gota de água durante dias, dormir durante meses em tendas apertadas, visitadas por todos os tipos de répteis, ou entender o que as nossas mulheres, crianças e mães passaram. ... Ninguém, olhando para um edifício concluído, percebe o sacrifício que custou construi-lo"- do diário de um dos primeiros Sionistas, em 1885.


 A região da Galileia, no norte de Israel, voltou à sua antiga glória com o regresso dos Judeus à sua terra natal  (landofisrael.com)

O relatório provisório sobre a Administração Civil da Palestina na Liga das Nações, em Junho de 1921, disse:

    "As colónias agrícolas judaicas desenvolveram a cultura de laranjas. Eles drenaram os pântanos. Eles plantaram árvores de eucalipto. Eles praticaram, com métodos modernos, todos os processos da agricultura. Cada viajante que chega à Palestina fica impressionado com as belas áreas de cultivo e a prosperidade que eles trouxeram".

Bibliografia: Stand With Us.

Jewish Virtual Library


(Re)leia:

A Terra Santa - Israel, e não "Palestina"


O mapa de Israel ao longo da História:


Há milhares de anos, o profeta Ezequiel falou da restauração de Israel na sua Terra nos últimos dias. Assim:
"Então Ele disse-me, 'Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel; olha, dizem eles, 'os nossos ossos secaram, a nossa esperança pereceu. Estamos completamente separados.' Então vai e diz-lhes 'Assim diz o Senhor: Olhai, eis que vou abrir as vossas tumbas, Meu povo, e trazer-vos de volta à terra de ISRAEL".
Em 1867, Mark Twain - Samuel Clemens, o famoso autor de "Huckleberry Finn" e "Tom Sawyer", visitou a Terra Santa. Esta é a forma como ele descreveu a terra: "Não há uma aldeia solitária ao longo de toda a sua extensão - por trinta milhas em qualquer direcção. Há dois ou três pequenos grupos de tendas beduínas, mas podemos percorrer 10 milhas e não vemos 10 seres humanos."

Mas afinal quem são os "palestinos"?


 Documentário sobre a História de Israel:

História de Israel - As Cruzadas

Este é mais um post da série HISTÓRIA DE ISRAEL. Não pretendemos ser exaustivos, e aconselhamos os nossos leitores e amigos a estudarem de diversas fontes e a compararem-nas. Esta série é dirigida aos que nada sabem - sobretudo aos que acreditam na doutrinação dos media afiliados ao islamismo (Al-Público & Companhia) que tentam fazer passar a ideia peregrina de que os judeus "invadiram" Israel após a Segunda Grande Guerra. 

Hoje falamos das CRUZADAS:


Cavaleiros turcos.

As tensões no Império Bizantino tinha vindo a crescer desde o século VII, quando os exércitos turcos assumiram o controle da Palestina*, começando assim o enfraquecimento e a desintegração do império.

* Recordamos que "Palestina" foi o nome dado pelos ocupantes Romanos e mais tarde pelos Britânicos à Terra de Israel. Jamais existiu uma "Palestina" árabe.

Em 1009, a Igreja do Santo Sepulcro foi destruída. Os governantes muçulmanos viriam a permitir mais tarde a sua reconstrução, mas, na época, este acto de vandalismo e sacrilégio preocupou profundamente os cristãos em todo o Império. 


A Igreja do Santo Sepulcro em Israel, hoje. Israel é o único país do Médio Oriente onde os cristãos estão em segurança. Em nenhum país islâmico existe liberdade religiosa. E muitos menos nos do Médio Oriente, onde em alguns são mesmo proibidas outras religiões que não o islamismo.

Cada vez mais, a Europa, os cristãos eram também atacados e chacinados pelos muçulmanos turcos. Esses ataques e a indignação com a presença muçulmana na Terra Santa levaram a que fosse declarada a Primeira Cruzada, em 1095.  

Hoje apresentada pelos media, por políticos como o islamista Barack Hussein Obama, e pelos historiadores revisionistas de esquerda como uma iniciativa  bélica unilateral, a Primeira Cruzada começou por ser um acto de defesa contra as agressões turcas.


Nada mudou na natureza bárbara e na religião dos povos que cercam a Terra de Israel. Ontem os turcos a destruírem a Igreja do Santo Sepulcro, hoje os colonos árabes a destruírem o Túmulo de José, filho de Jacob/Israel, o famoso José do Egipto. Como destroem os templos e lugares sagrados de todas as outras religiões.
 

O objectivo declarado das Cruzadas era mais religioso que político. Tratava-se de recuperar a Terra Santa do domínio dos muçulmanos "infiéis". Qualquer soldado que participasse na reconquista de Jerusalém receberia a remissão imediata dos seus pecados, um incentivo atraente para os cristãos, fervorosamente religiosos. 

Ao princípio, as Cruzadas aparentemente não tinham nada a ver com a população judaica. No entanto, alguns Cruzados decidiram primeiro livrar-se de outros "infiéis" que viviam entre eles - os judeus da Europa.  



Mapa da Primeira Cruzada.

Populações inteiras de judeus eram brutalmente assassinadas quando os cruzados passavam, a caminho da Terra Santa. Muitas vezes, os bispos locais tentaram ajudar os judeus das suas cidades, mas geralmente não foram bem sucedidos. Os ataques contra os judeus durante as Cruzadas dizimaram a população judaica na Europa. Muitos kinnot (lamentos) foram escritos para expressar o desespero com a perda terrível de vidas, e os judeus ainda hoje recitam estes kinnot em Tisha B'Av, o dia nacional judaico de luto.


“Morrer, mas não transgredir” é a expressão que melhor descreve a postura dos judeus na época das Cruzadas. Martírio e Kidush Hashem (Santificação em Nome de D’us) eram valores essenciais para proteger os preceitos do Judaísmo. Na chegada dos cruzados toda uma geração foi testada, demonstrando actos de heroísmo pouco comuns - in Judeus durante a Primeira Cruzada


Quando os cruzados chegaram a Jerusalém durante a Primeira Cruzada, os judeus e os muçulmanos que lá viviam, trabalharam juntos para repelir o ataque. Finalmente, os cruzados saíram vitoriosos. As sinagogas foram queimadas, juntamente com os seus livros sagrados, e os judeus foram mortos ou detidos para resgate.  

A comunidade de judeus caraítas de Ashkelon fez tudo quanto pôde para resgatar os judeus e os textos. Em 1100, porém, os judeus restantes foram convertidos à força ou assassinados. Durante o período das Cruzadas, as populações de judeus em Jerusalém, Jaffa, e Ramleh foram aniquiladas. A Galileia permaneceu relativamente intocada, e continuou a ser um refúgio para o povo judeu.

Cruzados atacando Jerusalém.

As Cruzadas duraram centenas de anos, com as cidades santas e locais sagrados de Jerusalém constantemente a mudarem de mãos entre cruzados e muçulmanos. Os Cavaleiros Templários foram a fortaleza cristã final na Terra Santa. Em 1291, a autoridade cristã chegou ao fim, quando os cruzados foram derrotados pelos mamelucos, a casta militar muçulmana.


Os Cavaleiros Templários.

Mais uma vez, no entanto, a persistência do povo judeu e seu amor pela Terra Santa, mesmo durante tempos difíceis, é impressionante. Os mesmos anos que viram os terríveis massacres de judeus, também viram a ascensão de Judá HaLevi, autor do Kuzari, e Maimónides e Nahmanides, respeitado sábios e
prolíficos estudiosos da Torá.  

Judá Halevi arriscou a vida para viajar para a sua amada Terra Santa, embora tenha sido morto à chegada; Nahmanides, também arriscou tudo para viver em Israel, e foi bem sucedido em restabelecer a vida judaica e aprendizagem da Torá em todo o país.

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Embora tenham sido dizimados pelos cruzados, e ainda que nada tivessem a ver com o conflito, os judeus não guardaram rancor em relação aos cristãos. O mesmo não se pode dizer dos muçulmanos, que continuam a praticar a doutrina islâmica de que uma terra que foi ocupada pelos muçulmanos, será sempre muçulmana. 

Isso explica a acrimónia que cultivam em relação ao Ocidente, que os expulsou de Jerusalém e da Europa. Ainda hoje chamam "cruzados" aos ocidentais, como um todo, e pretendem reconquistar a Europa. Daí o presente afluxo de "refujiadistas", que nem escondem os seus propósitos, que são a reconquista da Europa e depois o domínio final do Mundo, como manda o Alcorão:



Nas cidades europeias, para além dos ataques terroristas e da jihad sexual são hoje comuns as manifestações de muçulmanos que juram que vieram para nos dominar. A esquerda esfrega as mãos e dá-lhes as boas vindas, pois têm como inimigo comum a Liberdade e a Democracia.

E daí também o medo que paira no inconsciente colectivo europeu, onde ainda vivem os horrores da ocupação islâmica. É por isso que devemos estudar: