O Rei David, interpretado por Richard Gere
A dinastia Davídica começou aproximadamente 1.000 anos antes da Era Comum, com a unção do seu fundador, o Rei David.
O governo de David seguiu-se ao do Rei Saúl, o primeiro Rei de Israel. Depois de Saúl ter sido morto numa batalha contra os Filisteus, durante a qual os israelitas sofreram uma terrível derrota, David foi ungido. O seu Reinado foi uma era dourada para os antigos israelitas. O território sob seu governo estender-se-ia até o rio Eufrates, a norte; e até ao Golfo de Aqaba, a sul.
Mapa (daqui) aproximado dos domínios do Rei David
A delimitação exacta dos territórios sob a autoridade de David, como tantas outras questões na História, permanece envolta em algumas dúvidas. A História do Povo Judeu está contada no maior best-seller de todos os tempos, A Bíblia. A Arqueologia e a pesquisa histórica continuam a enriquecer o nosso património de conhecimentos, e a confirmar a narrativa Bíblica.
Mapa (idem) mais detalhado dos territórios sob a autoridade de David
O Reino incluía todas as terras originalmente destinadas às 12 tribos de Israel (excepto uma pequena porção de Philistia ao longo da costa sul do Mediterrâneo) e também o Reino de Amon (ver mapa). Certas nações foram autorizados a manter os seus próprios Reis, passando a ser Estados vassalos (como era comum, por exemplo, na nossa Europa medieval). Os Estados vassalos incluíam Moab (leste do Mar Morto), Edom (sul do Mar Morto), e o território de Damasco (no nordeste). Houve também um território ainda mais ao norte chamado Hamat que reconheceu a soberania de Israel e a autoridade de David.
Ruínas da cidade fortificada de Shaarayim, na Judeia, onde David terá derrotado o gigante filisteu Golias. A pesquisa arqueológica está constantemente a trazer à luz do dia apaixonantes achados como este, que, curiosamente, interessam não apenas aos especialistas mas ao grande público. Mais um indício do desmedido interesse global (seja positivo, seja negativo) por Israel. Um mistério que ultrapassa a nossa compreensão.
UM PARÊNTESIS:
No clima de intenso antissemitismo do Médio Oriente actual (que deriva da tradição islâmica e do "ultraje" que constitui a presença de uma pequena nação não islâmica no meio do vasto Império estabelecido por Maomé), é crença geral que Israel pretende retomar as fronteiras do tempo de David.
Trata-se de um mito, obviamente. Entre 1967 e 2011, Israel ofereceu mais de 2/3 do seu território em troca de Paz:
Não temos notícia de alguma nação alguma vez ter feito concessões semelhantes. Talvez as mãos tão largas de Israel tenham como efeito perverso levar muita gente a habituar-se a exigir sempre mais e mais. O moderno Estado Judaico foi fundado logo com a concessão da maior parte do seu território para se fundar aí a Jordânia, um Estado Árabe. Desde aí, tem sido sempre dar. E nunca chega...
Interessante página de Facebook: "A Palestina Já Existe: É a Jordânia!".
Também digno de nota é que esse discurso é veiculado pelos media Ocidentais. O medo do "Grande Israel" é mais uma dessas irracionalidades que os inimigos de Israel veiculam.
David lutou contra os Filisteus, conseguindo derrotá-los. Conquistou muitas nações, incluindo partes da moderna Síria (Aram) e da moderna Jordânia (Moab), bem como outros territórios, como Edom. Ao mesmo tempo que conquistava territórios, também estabelecia alianças estratégicas com as nações amigas, como os Fenícios e o Reino de Tiro, no que hoje é o Líbano. A soberania de David era absoluta, unindo as Doze Tribos e tendo Jerusalém como sua capital.
O Rei David é das figuras históricas mais interessantes de sempre. Foi guerreiro e foi poeta. Coragem e fé são as qualidades que se destacam em David - um homem falível, como qualquer outro, que combateu as suas fraquezas.
David construiu uma casa para si mesmo, com materiais fornecidos por Hiram, Rei de Tiro (2 Samuel 5:11). Embora tenha construído uma casa para si e uma capital (2 Samuel 5: 9), David percebeu que era uma vergonha para Deus que ele, David, residisse em esplendor, enquanto que o próprio Deus não tinha casa em que "viver" (2 Samuel 7: 2).
David trouxe a Arca da Aliança para Jerusalém, com o objectivo de construir um templo para Deus. No entanto, o Profeta Natan disse-lhe que o Templo teria de ser construído pelas gerações futuras. Deus prometeu que, embora ele não fosse autorizado a construir o Templo, o Reinado permaneceria para sempre na linha de David. (2 Samuel 7:16).
Túmulo do Rei David, em Jerusalém, Israel.
Como é do conhecimento geral, os Judeus esperam o seu Messias - sem prejuízo de outros que outros povos possam reconhecer como Messias. Em questões de Fé, cada um é livre de ter a sua. O termo Messias deriva do hebraico Mashiach e significa Escolhido, ou Ungido. O Messias do Judaísmo terá que satisfazer algumas condições, a mais notória das quais é a inauguração de uma Era de Paz para toda a Humanidade. Uma outra é ser descendente do Rei David.
'Fan the flame in the name of Judah from the line of King David!'
'Reavivar a chama em nome de Judá a partir da linha do Rei David!'
Muito bom incrível
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