A História judaica começa com os patriarcas: Abraão, Isaac e Jacob. Jacob viria a ser chamado Israel pelo próprio Deus, segundo a narrativa bíblica.
Na catequese cristã, aprendemos que o nosso Deus é o Deus de Abraão, Isaac e Jacob/Israel
A profissão de fé judaica, a famosa Shemá Israel (Ouve, ó Israel) refere-se ao povo de Israel-país e aos descendentes de Israel-pessoa. Quando estava prestes a morrer, Jacob chamou os seus filhos e quis saber se estes se mantinham fiéis à Ideia monoteísta. A resposta foi "Ou Israel, o Senhor é Deus, o Senhor é Um" - שמע ישראל י-ה-ו-ה אלוהינו י-ה-ו-ה אחד (Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad).
Jacob/Israel no seu leito de morte, abençoa os filhos
Quem, como nós, teve uma educação religiosa cristã, conhece a confirmação desta profissão de fé proferida por Jesus:
36 Mestre, qual é o grande mandamento na lei?37 E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.38 Este é o primeiro e grande mandamento.39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.40 Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.
Mateus 22
Geração após geração de judeus tem tido na Shemá o seu pilar principal, o traço civilizacional que mais distingue os judeus entre os povos da Terra. geração após geração, os judeus têm sido martirizados aos milhões, e têm preferido o martírio a abjurar este princípio de fé. Dos mártires dos Romanos aos mártires dos Nazis, ou mais recentemente dos Árabes, os judeus continuam a morrer recitando a Shemá.
Escrevia Blaise Pascal (1623 - 1662) célebre físico, matemático, filósofo, moralista e teólogo francês, na sua obra "Pensamentos":
"Em algumas partes do mundo podemos ver um povo peculiar, separado dos outros povos do mundo, chamado povo judeu… Este povo não apenas é de impressionante antiguidade como também tem perdurado por um tempo singularmente longo… Pois enquanto os povos da Grécia e Itália, de Esparta, Atenas, Roma e outros que surgiram muito depois pereceram há tanto tempo, este ainda existe, apesar dos esforços de tantos Reis poderosos que tentaram uma centena de vezes acabar com ele, como seus historiadores atestam, e como pode ser facilmente julgado pela ordem natural das coisas no decorrer de tantos anos. Eles foram sempre preservados, no entanto, e sua preservação foi prevista… O meu encontro com esse povo surpreende-me…"
Tanto Abraão como Isaac tiveram dois filhos; em ambos os casos, Deus escolheu um filho sobre o outro. Isaac foi escolhido sobre Ismael (Génesis 17), e Jacob sobre Esaú (Génesis 27) para se tornar o líder e pai dos filhos de Israel (o povo judeu).
Jacob foi o pai das Doze Tribos, de quem todos os judeus são descendentes. Os antepassados, e mais tarde os seus filhos, viveram principalmente na antiga Terra Santa, chamada Canaã. Jacob e seus filhos desceram ao Egipto para comprar comida durante uma fome em Canaã e hospedaram-se lá (Génesis 46). Os israelitas foram escravizados no Egipto, durante muitos anos, mas acabaram por conseguir ter sucesso na sua fuga para a Liberdade, liderada pelo grande profeta Moisés (Êxodo 12).
Todos os anos, pela ocasião da Páscoa, judeus e cristãos recordam a fuga do Egipto e a Passagem do Mar Vermelho. O termo Pessach/Páscoa significa "Passagem".
Depois de quarenta anos de peregrinação no deserto, os judeus entraram na Terra Prometida, sob a liderança de Moisés, e depois deste pelo seu pupilo, Josué (Josué 1).
Canaanitas sacrificando os seus filhos ao deus Moloch, um deus de ódio e terror.
Anos de guerras e conquistas se seguiram, até que os israelitas tiveram a soberania sobre a Terra que haviam deixado e encontrado ocupada por povos pagãos, que, como os colonos islamistas de hoje, sacrificavam os próprios filhos às suas divindades.
A localização dos territórios das 12 Tribos na imagem satélite de Israel
O primeiro Rei dos judeus foi Saúl, que acabou por ser derrotado pelos Filisteus (I Samuel 31 2 Samuel 1). Seguiu-se a Saúl o grande Rei David; O filho de David, o Rei Salomão, construiu o Primeiro Templo em Jerusalém (I Reis 6). Após este período de ouro, os israelitas estavam divididos em duas facções - o Reino do Norte, ou de Israel, e ao sul o Reino de Judá (I Reis 11).
Reino de Israel e Reino de Judá
Em 721 a.C., cerca de 200 anos após a construção do Templo, o Reino do Norte foi exilado pela Assíria, dando origem às dez "tribos perdidas".
Cerca de 200 anos depois, em 587 aC, os Babilónios destruíram o Templo e exilaram os judeus remanescentes (2 Reis 25). Os judeus não tiveram permissão para retornar à Terra Santa até ao reinado de Ciro da Pérsia, que não só os incentivou a retornar, mas também permitiu a construção do Segundo Templo (Esdras 1).
Recentemente, em discurso na ONU, o Primeiro-Ministro de Israel lembrou a amizade histórica entre a Pérsia (hoje Irão) e Israel.
Para saber quantos Templos tiveram afinal os judeus, releia este post.
O Cilindro de Ciro é uma de muitas provas de que a narrativa Bíblica é historicamente correcta.
O Cilindro de Ciro, que está à guarda do Museu Britânico, regista o decreto Real de libertação dos judeus, do seu regresso a Israel, e da reconstrução do Templo. Foi gravado após a vitória do Rei da Pérsia (hoje Irão) sobre os Babilónios, em 539 a.C.. 100 anos antes, o profeta Isaías anunciava, pelo nome, o Rei Ciro, que libertaria os judeus.
Durante o período Helenístico, cerca de 150 a.C., os Reis Gregos esforçaram-se para erradicar as "estranhas e antiquadas práticas" do Judaísmo.
Em 167 a.C., um decreto de Antíoco IV proibiu a prática do Judaísmo em Israel, instalou o culto a Zeus no templo de Jerusalém, e reprimiu com brutalidade os judeus que se negassem a adoptar os ditames pagãos (1 Macabeus 1:56-64):O Império Selêucida teve início em 323 a.C. e em poucos anos já dominava todo o Médio Oriente.
"Quanto aos livros da Torá, os que lhes caíam nas mãos eram rasgados e lançados ao fogo. Onde quer que se encontrasse, em casa de alguém, um livro da Aliança ou se alguém se conformasse à Torá, o decreto real o condenava à morte. Na sua prepotência assim procediam, contra Israel, com todos aqueles que fossem descobertos, mês por mês, nas cidades. No dia vinte e cinco de cada mês ofereciam-se sacrifícios no altar levantado por sobre o altar dos holocaustos. Quanto às mulheres que haviam feito circuncidar seus filhos, eles, cumprindo o decreto, as executavam com os mesmo filhinhos pendurados a seus pescoços, e ainda com seus familiares e com aqueles que haviam operado a circuncisão. Apesar de tudo, muitos em Israel ficaram firmes e se mostraram irredutíveis em não comerem nada de impuro. Eles aceitaram antes morrer que contaminar-se com os alimentos e profanar a Aliança sagrada, como de fato morreram. Foi sobremaneira grande a ira que se abateu sobre Israel".
Os Macabeus revoltaram-se, venceram os invasores apesar de estes serem imensamente superiores em número e força, e devolveram a soberania ao povo judeu em Judá.
O triunfo retumbante sobre os invasores Sírio-Gregos não se repetiu com as sucessivas revoltas contra os invasores Romanos (na mesma época em que Israel foi ocupado pelos Romanos também o território que hoje é Portugal era província Romana, e também por cá havia revoltas). O Segundo Templo foi destruído no ano 70 d.C., e os judeus mais uma vez massacrados e expulsos da sua Terra.Todos os anos, mais ou menos pela altura do Natal cristão, os judeus de todo o Mundo celebram a vitória de Judas Macabeu, filho de Matatias, e dos seus valentes companheiros.
O Arco de Tito mostra a menorah e outros vasos do Templo exibidos triunfalmente pelas ruas de Roma durante um desfile de vitória, após Jerusalém ser retomada em 70 d.C..
A Terra Santa ficou abandonada até ao século XX. Vários Impérios exerceram sobre ela sua soberania, com destaque para os Turcos Otomanos, que, como outras potências, mantiveram a Israel ao abandono, escassamente povoada, mas... sempre, ininterruptamente, com a presença nativa judaica.
Em 1948, na sequência da II Grande Guerra, procedeu-se a um novo desenho das soberanias no Médio Oriente (os Turcos Otomanos, aliados de Hitler, perderam a guerra). Foi a oportunidade para que Israel (que lutou na II Grande Guerra com o nome de "Palestina Britânica"), visse reconhecida a sua soberania sobre a Terra ancestral.
E assim aconteceu, ainda que contra a vontade de Mundo Muçulmano - o Islão determina que uma terra que foi muçulmana o será sempre, e é por isso que os muçulmanos querem reconquistar a Península Ibérica, logo a seguir a Israel.
As profecias cumpriram-se:
Hoje mais que nunca, os judeus de todo o Mundo reúnem-se em Israel
"Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel, e de Judá, diz o Senhor; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus pais, e a possuirão."
Jeremias 30:3
----------- APÊNDICE -----------
Nestas 7 décadas como Estado de novo independente, Israel não conheceu nem um dia sem ataques terroristas, da parte dos descendentes de Ismael, cujo ódio aos judeus supera o amor à própria vida.
DA ALDRABICE E DA POUCA-VERGONHA
Francisco Louçã em manifestação de apoio aos terroristas do Hamas, Lisboa, Verão de 2014.
Ajudados pelos jornalistas (o Al-Público, entre outros), pelos neo-nazis e pelos extrema-esquerdistas ocidentais (cá em Portugal temos por exemplo o Boaventura Sousa Santos, mais o Louçã e toda a malta do Bloco de Esquerda, do PCP e boa parte do PS, que apoiam os bandos terroristas Hamas, Hezbollah, etc..) os terroristas islâmicos fazem da destruição de Israel a única razão da sua existência.
No entanto, jamais existiu qualquer direito histórico da parte deles à Terra de Israel. A Jordânia foi a parte de leão da Terra de Israel, dada aos Árabes para fazerem o seu Estado.
Israel (a azul) e o Mundo Islâmico (a verde claro e verde escuro). Ninguém se rala com as ditaduras islâmicas (NENHUM país muçulmano é democrático ou cumpre os Direitos Humanos ou o Direito Internacional). A extinção de Israel é a prioridade nº 1 dos Governos do Mundo, da ONU, da extrema-direita e extrema-esquerda, dos nazis e dos muçulmanos.
Walid Shoebat, ex-terrorista da OLP e hoje cristão e Amigo de Israel - "Por que é que em 4 de Junho de 1967 eu era um jordano e durante a noite me tornei um palestino?... Nós considerava-mo-nos jordanos até que os judeus voltaram a Jerusalém, e de repente éramos palestinos. Eles removeram a estrela da bandeira da Jordânia e de repente tivemos uma bandeira palestina."
Recordamos que nunca houve uma nação ou Estado árabe da Palestina na história humana.
O actual Estado de Israel foi "inscrito" num canto do Império Turco Otomano por um voto unânime da Liga das Nações em 1922 - exactamente como a Jordânia, Síria, Líbano e Iraque foram.Mas apenas a existência do pequeno Estado democrático de Israel - que se justifica por laços históricos mais profundos do que qualquer outro - é questionada! Nenhuma das incomparavelmente maiores 22 ditaduras árabes e as colónias em torno delas o são. Esta discriminação é a prova de que o anti-Sionismo é anti-semitismo.
QUESTIONÁRIO "PALESTINIANISTA"
Algum palestinianista saberá responder a este questionário sobre a «Palestina Árabe»?1. Quando é que o país foi fundado e por quem?
2. Quais foram as suas fronteiras?
3. Qual foi a sua capital?
4. Quais foram as suas cidades mais importantes?
5. Quais foram as bases de sua economia?
6. Qual foi a sua forma de governo?
7. Pode citar pelo menos um líder palestino antes de Arafat?
8. A Palestina alguma vez foi reconhecida como um país cuja existência, então ou agora, não deixasse margem a interpretação?
9. Qual era a língua da Palestina?
10. Qual era a religião predominante da Palestina?
11. Qual era o nome de sua moeda? Escolha uma data qualquer na história e diga qual era a taxa de câmbio da moeda palestiniana em relação ao dólar dos EUA, ao marco alemão, à libra esterlina, ao iene japonês ou ao yuan chinês na referida data.
12. E, finalmente, dado que este país não existe actualmente, que é o que causou o seu desaparecimento e quando é que ocorreu? Você que lamenta o "afundamento" de uma orgulhosa e nobre nação ", diga s.f.f., quando exactamente é que essa "nação" foi orgulhosa e nobre?
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