Quando os Assírios conquistaram o Reino de Israel, em 722A.E.C.), 10 tribos judaicas foram exiladas. Nesta baixo relevo assírio os judeus são retratados sendo conduzidos com os seus haveres e gado para fora de Israel. Esta peça foi encontrada no palácio do Rei Senaqueribe, em Nínive. Esta é uma das poucas representações do povo judeu na época.
A conquista de Israel
Reino de Israel (Norte) e Reino de Judá (Sul)
Em 722 A.E.C., os Assírios conquistaram o Reino de Israel. Eram um povo agressivos e muito eficiente em termos bélicos; a História do seu domínio sobre o Médio Oriente é de guerra constante. A fim de assegurarem que os territórios conquistados permaneceriam pacificados, os Assírios forçavam muitos dos habitantes nativos a mudarem-se para outras partes do seu Império. Escolhiam quase sempre gente das classes mais altas e mais poderosas, pois não tinham razão para temer a massa geral das populações. Enviavam então Assírios para colonizar os territórios conquistados.
Recriação da conquista Assíria do Reino de Israel, ou Reino do Norte.
Quando conquistaram Israel, forçaram as Dez Tribos a espalharem-se por todo o seu Império. Pode dizer-se que esta foi a primeira Diáspora ("diáspora" = "dispersão") dos judeus, só que que estes desapareceram da História de forma permanente. São por isso chamados "As Dez Tribos Perdidas de Israel", que continuam, milhares de anos depois, a incendiar a imaginação popular, como vimos no post anterior desta série.
É difícil determinar porque é que tal sucedeu. Os judeus têm sobrevivido, ao longo da História, a inúmeras perseguições, diásporas e até genocídios. Os Assírios não deslocaram os israelitas todos para o mesmo lugar. Em vez disso espalharam-nos em pequenas populações em todo o Médio Oriente. Quando os Babilônios mais tarde conquistaram Judá , também deslocaram uma enorme quantidade da população. No entanto, alojaram essa população num único local, permitindo que os judeus constituíssem uma comunidade separada e mantivessem a sua religião e identidade. Os israelitas deportados pelos Assírios, no entanto, não vivendo em comunidades estruturadas, ter-se-ão desligado da sua religião, dos seus nomes e das suas identidades hebraicas.
O velho combate entre o Bem e o Mal
Os Judeus são primeiro povo monoteísta da História. Não apenas adoravam o Deus Único, como possuíam os preceitos de Humanismo consagrados na Torá, que ainda hoje a Humanidade se esforça por alcançar. Os Assírios, além de politeístas (ou idólatras, se preferirmos) não valorizavam o Bem ou a Justiça, mas apenas a Força.
A vocação Judaica acabou por impregnar toda a Civilização Ocidental, que, não sendo perfeita, mantém um debate permanente sobre o que está certo e o que está errado. Ética, Moral, Humanismo, não estão, infelizmente, por enquanto, nos horizontes culturais de todos os povos. Sintomaticamente, Adolf Hitler, o maior genocida que despontou na nossa parte do Mundo, idolatrava ideologias como o Islão e deplorava a tradição judaico-cristã. É famosa a sua alegação de que "a consciência é uma invenção judaica".
Não é uma invenção, mas uma dádiva de Deus à Humanidade. É nesse sentido que os Judeus são o "povo escolhido", porque foi a eles que Deus escolheu para Se revelar. Repetimos: os Judeus são primeiro povo monoteísta da História. Quem discordar da escolha de Deus, proteste com Ele. os Judeus não têm culpa.
Os judeus foram levados cativos
O Império Assírio
O auge do Império Assírio foi atingido com a submissão de toda a Mesopotâmia, incluindo a Babilónia, a Síria, o Egipto e parte da Ásia Menor (900-612 A.E.C.).
Salmaneser III (858-823 A.E.C.) conquista parte de Israel.
Tiglate-Pileser III (745-726 A.E.C.) conquista a Babilónia e a Síria.
Salmaneser V (726-721 A.E.C.) conquista Samaria.
Sargão II (721-705 A.E.C.).
Senaqueribe (705-681 A.E.C.) conquista a Síria, a Fenícia e parte da Judeia.
Esar-Hadom (681-668 A.EC.) conquista o Egito.
Assurbanipal (668-625 A.E.C.) destaca-se pela sua biblioteca em Nínive.
Os Assírios
Os Assírios eram um dos povos semitas que viviam na região do Cáucaso e que migraram para o planalto de Assur, na Alta Mesopotâmia, por volta do ano 2.400 a.C.. Essa região compreende o norte do actual Iraque. O nome "Assíria" deriva do nome de um dos seus deuses, que passou a nomear o planalto e a cidade de Assur.
O Estado Assírio foi forjado no cadinho da guerra, invasão e conquista. A liderança era quase inteiramente composta por chefes militares, que se tornaram ricos mercê dos despojos tomados na guerra. O Exército era o maior jamais visto no Médio Oriente ou no Mediterrâneo. As exigências da guerra animavam a inovação tecnológica, o que tornou os Assírios quase imbatíveis, com as suas espadas de ferro, lanças, arcos, armaduras de metal, aríetes ou carruagens puxadas por cavalos. Considera-se que este foi o primeiro Exército organizado em secções da História.
A máquina de guerra Assíria era das mais eficientes da Antiguidade
A extrema crueldade dos Assírios era conhecida no Mundo Antigo. Tortura, empalamento, decapitação, amputações, esfolamento em vida, eram o destino dos soldados derrotados. Esse tipo de tratamento gerava forte impacto psicológico e permitiu a rápida submissão dos outros povos mesopotâmicos e de toda a região.
O Império Assírio durou aproximadamente de 1.300 A.E.C. a 612 A.E.C., imprimindo nos povos da região influências ainda hoje visíveis, nomeadamente na tendência bélica - trata-se da região mais perigosa do globo, em guerra permanente desde sempre. Por estranho que possa parecer a quem viva no Mundo Livre, a crueldade referida no parágrafo anterior mantém-se, inalterável, hoje, pelas mãos dos terroristas do ISIS ou do Hamas, por muito que os media evitem mostrá-la.
Execuções em massa, suplícios atrozes, são dia-a-dia do Medio-Oriente. Nesta imagem é o ISIS que elimina mais umas centenas de pessoas, apenas porque não são muçulmanos sunitas radicais. Os extremistas Ocidentais apoiam estes procedimentos.
NOTA - Esta nossa pequena e despretensiosa História de Israel pretende ser o meio-termo entre as duas críticas habituais que os inimigos de Israel fazem: se lhes mostramos uma História resumida dizem que é muito resumida; se lhes mostramos uma História extensiva dizem que "não têm vagar para essas coisas". Obviamente que esta será muito meio-termo. Como, ao fim e ao cabo, eles são impossíveis de contentar, servirá este pequeno esforço para encorajar os caros visitantes a aprofundarem os seus conhecimentos sobre Israel e sobre a região.
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