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Myths and Facts
Guerra do Yom Kippur
A terceira década
de Israel foi um tempo volátil. Golda Meir ocupou o cargo de Primeira
Ministra, sucedendo a Levi Eshkol, que morreu enquanto estava no cargo.
Em Setembro de 1970, o Rei Hussein da Jordânia lançou uma campanha
militar para expulsar a OLP do seu país e restabelecer a sua monarquia.
Quando a Síria invadiu a Jordânia, com a intenção de ajudar a OLP,
Israel reuniu tropas na fronteira síria e a Síria retirou as suas
forças. Posteriormente, a OLP mudou a sua sede para o Líbano, assumindo o
controle do sul do país.
Também nesse momento,
os judeus soviéticos estavam a tentar desesperadamente entrar em Israel,
devido ao aumento do anti-semitismo na União Soviética. No entanto, foi
negado a muitos a concessão de vistos de saída da URSS. Esses judeus
ficaram conhecidos como os Prisioneiros de Sião, ou "refuseniks". Um dos reféns mais famosos, que se tornou um defensor sincero da causa “refusenik” e mais tarde um membro do Knesset, foi Nathan Sharansky.
Golda Meir
1972 foi também o ano
da tragédia nos Jogos Olímpicos de Munique. Uma organização afiliada na
OLP, Setembro Negro, à qual pertencia o actual líder da “Autoridade
Palestina”, o mega-terrorista Mammoud Abbas, organizou um ataque
sistemático contra os atletas judeus alojados na Aldeia Olímpica.
Devido ao laxismo na segurança, os terroristas foram capazes de entrar
nos apartamentos dos israelitas. Dois atletas foram mortos nos
apartamentos, e nove outros foram levados como reféns e assassinados
após uma tentativa de resgate fracassada. No rescaldo dos assassinatos,
Israel lançou com uma campanha para eliminar os terroristas que
assassinaram os reféns, e as Forças de Defesa de Israel também atacaram a
sede da OLP no Líbano.
No ataque terrorista contra a delegação israelita nas Olimpíadas de Munique, planeado pelo actual líder "palestino" Mammoud Abbas, os jihadistas torturaram e mutilaram os atletas antes de os assassinarem (como aconteceu em Paris, no Ba-ta-Clan). O halterofilista Yossef Romano foi castrado e os companheiros obrigados a presenciar.
Dentro das fronteiras
israelitas, no entanto, havia uma sensação de paz e segurança, e o povo
estava totalmente confiante de que seu Exército iria protegê-lo de novos
ataques. Essa complacência teve consequências desastrosas. Anwar Sadat,
o presidente do Egipto após a morte de Gamal Abdel Nasser, havia
repetidamente afirmado que o Egipto atacaria Israel. Sadat alternou
essas ameaças com ofertas de paz em troca da terra que Israel tinha
conquistado em 1967. O Rei Hussein, num esforço para retribuir a Israel a
sua ajuda no ataque da Síria em 1970, alertou Israel de que um ataque
estava iminente. Golda Meir, no entanto, não tomou a sério o aviso, e o
povo israelita estava convencido de que seu poder militar era bastante
dissuasivo.
Eles foram
completamente surpreendidos, quando, na manhã de Yom Kippur, em 1973, o
dia mais sagrado do calendário judaico, o Egipto e a Síria lançaram um
ataque surpresa contra Israel. As forças inimigas entraram em Israel através do
Canal de Suez e dos Montes Golan com o objectivo declarado de recapturar
a terra conquistada por Israel. O esforço egípcio-sírio foi assistido
por outros países árabes: Iraque; Arábia Saudita e Kuwait, que enviaram
dinheiro e tropas; pelos países da África do Norte (Líbia, Argélia, Tunísia
e Sudão); e Líbano. Mesmo o Rei Hussein, um tanto relutante, enviou
duas das suas melhores unidades para a Síria.
É desta! - pensou o mundo...
O povo israelita foi
tomado completamente de surpresa e não teve tempo suficiente para se
preparar. A princípio, os exércitos egípcio e sírio avançaram. Eles
estavam melhor armados do que em 1967, e o Exército israelita tinha
negligenciado tarefas básicas de manutenção dos seus tanques e
armamento, deixando-os despreparados, com armas de baixo desempenho. No
entanto, num período de três semanas, o IDF recompôs-se e foi capaz de
recapturar os Montes Golan das forças sírias e expulsar as forças
egípcias na Península do Sinai.
Passado um mês, foram
assinados acordos de cessar-fogo. Apesar da vitória, a Guerra do Yom
Kippur é considerada geralmente uma falha, devido às pesadas baixas
sofridas pelas tropas israelitas. Mais de 2.600 soldados foram mortos, e
outros 7.200 feridos. O alto número de mortes é geralmente atribuído à
falta de preparação de Israel para um ataque de tal magnitude. Além das
perdas de tropas, a economia sofreu devido ao enorme orçamento de armas
necessário para a guerra. Na esteira do desaire, a Primeira-Ministra
Golda Meir renunciou, e Yitzhak Rabin, que tinha sido Chefe de Gabinete
do IDF, assumiu o cargo de Primeiro-Ministro. Outro resultado da guerra
foi que o Egipto e Israel mostraram maiores sinais de vontade de
negociar, levando aos Acordos de Camp David no final da década.
Ariel Sharon com Moshe Dayan durante a Guerra do Yom Kippur, em Outubro de 1973.
Como resultado da
Guerra do Yom Kippur, a Arábia Saudita iniciou um embargo de petróleo
contra todos os países que negociavam com Israel, especificamente os
Estados Unidos e a Holanda, que tinham apoiado Israel durante a guerra.
Israel, que havia avançado na esfera diplomática durante a década de
1960, regrediu, já que muitos países africanos e asiáticos romperam os
laços diplomáticos com Israel. Os Estados Unidos foram obrigados a
comprar petróleo através dos países europeus, e os preços do petróleo
dispararam em todo o mundo. O mundo árabe ganhou uma vantagem, porque percebeu o grande poder que exercia com o seu
fornecimento de petróleo, que continua a ser crucial. O embargo só
terminou em Março de 1974.
Massacre de Ma'alot. Os terroristas massacraram 26 inocentes e a ONU recompensou-os com o reconhecimento.
Em Maio de 1974, outra
organização afiliada na OLP cometeu um acto brutal de terrorismo contra
crianças. 102 crianças de uma escola de Ma'alot foram mantidas reféns
pela Frente Democrática para a Libertação da Palestina. Vinte e duas
crianças e quatro adultos foram mortos. 66 ficaram feridas. Apesar disso, naquele mesmo ano a ONU reconheceu a
OLP como representante do “povo palestino”. Muitos afirmam que este foi
um esforço de apaziguamento dirigido ao mundo árabe, com o embargo de
petróleo ainda fresco na mente de todos. A OLP obteve o estatuto de
observador permanente na ONU e, em 1975, a ONU aprovou a tristemente
famosa declaração "Sionismo é Racismo".
David continua a vencer Golias.
Yonatan "Yoni" Netanyahu, irmão de Benjamin Netanyahu, morto em combate.
Menachem Begin
tornou-se primeiro-ministro em 1977, o primeiro político de Direita a
fazê-lo. Começar por apoiar activamente os assentamentos na Judeia e
Samaria, e os de Gaza, que começaram sob a liderança de Rabin, apesar de o
então Presidente dos Estados Unidos, o esquerdista e islamófilo Jimmy
Carter, se ter manifestado contra. Em Novembro de 1977, um ponto de
viragem no conflito Egipto-Israel foi alcançado. O presidente Anwar
Sadat visitou Jerusalém para conversar com Begin.
Os dois países
iniciaram o processo de paz. Em Março de 1978, terroristas
libaneses-‘palestinos’ que se opunham a este processo de paz
sequestraram um autocarro que transportava famílias israelitas, matando
35 pessoas, incluindo treze crianças. Israel atravessou a fronteira para o Líbano, mas
retirou-se alguns dias depois de a ONU ter criado uma força de
manutenção da paz para permanecer no Líbano.
Israel tem enfrentado inimigos desmesuradamente superiores, mas é o seu pior inimigo, ao acreditar que a paz é possível com aqueles que vivem para os destruir.
Em Setembro de 1978, o
Presidente dos EUA Jimmy Carter reuniu com Anwar Sadat e Menachem Begin
em Camp David, e foi acordado um plano para a paz entre os países. Os
acordos estabeleceram um plano amplo para a paz no Médio Oriente,
incluindo a autonomia para os 'palestinos' na Judeia e Samaria e Gaza e
um tratado de paz entre o Egipto e Israel. Em Março de 1979, os dois
Chefes de Estado assinaram o tratado, com Carter como testemunha. Israel
ofereceu assim a Península do Sinai ao Egipto, em Abril de 1982. Esse
território, rico em recursos naturais, representava 2/3 da área de
Israel.
Jamais na História um país teve tal atitude: trocar terra por paz. Como aconteceu em Gaza (outro território oferecido em troca de paz) e na Judeia e Samaria, estas acções de boa-vontade da parte de Israel foram desastrosas, tendo servido apenas para que os inimigos ganhassem novas bases para novos ataques, na sua perpétua ânsia de destruição do povo judeu.
Jamais na História um país teve tal atitude: trocar terra por paz. Como aconteceu em Gaza (outro território oferecido em troca de paz) e na Judeia e Samaria, estas acções de boa-vontade da parte de Israel foram desastrosas, tendo servido apenas para que os inimigos ganhassem novas bases para novos ataques, na sua perpétua ânsia de destruição do povo judeu.
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