Eu sou um indígena da tribo Métis, do norte da Alberta, Canadá.
Meu pai, Mervin Bellerose, foi o co-autor da lei sobre os Métis em 1989, que foi aprovada pelo Tribunal Legislativo de Alberta, em 1990, e fortaleceu os nossos direitos sobre a terra. Fundou a organização "Canadianos pela Responsabilização", um grupo de defesa dos direitos indígenas; e eu sou um dos organizadores e participantes do movimento "Nós Já Não Estamos Passivos", na cidade de Calgary.
E sou um Sionista.
Porque os judeus são um povo indígena de Israel e porque os palestinos não são.
O Estatuto de Indígena
Em primeiro lugar, devemos reconhecer que não há nenhuma regra que estipule que a terra não pode ter senão um povo indígena. Esta não é uma operação de soma zero em que se um grupo é considerado indígena e outro não é. Dizer que os judeus são um povo indígena não exclui a possibilidade de que os palestinos sejam também.
No entanto, existem regras muito claras para identificar um povo indígena. É um pouco complexo, mas pode ser resumido na lista de características abaixo, desenvolvida pelo antropólogo José R. Martínez Cobo (ex-Relator Especial da Subcomissão para a Prevenção da Discriminação e Protecção das Minorias nas Nações Unidas).
Nativos americanos sob a bandeira de Israel
Esta lista de critérios foi desenvolvida para que os direitos dos indígenas começassem a ser respeitados em todo o globo. Este reconhecimento é extremamente importante porque, graças a ele, como indígenas, não podemos permitir que os povos não-indígenas produzam falsas alegações, que, em última análise, poderiam prejudicar os nossos próprios direitos.
Israel é o primeiro Estado indígena do mundo moderno
A criação e a declaração da nação soberana de Israel marca a primeira vez em toda a História, em que as pessoas indígenas conseguiram recuperar o controle da sua terra ancestral e construir um Estado-nação. Como tal, é extremamente importante para os povos indígenas, reconhecer e apoiar Israel, que é um excelente exemplo a imitar pelos nossos povos.
A definição de trabalho actual do conceito de "povos indígenas" para cumprir os objectivos apresentados neste ensaio, é a desenvolvida pelo antropólogo José R. Martínez Cobo, mencionado acima. Ao tomá-la como ponto de apoio, vou dar detalhes de porque é que os judeus são os nativos de Israel e porque é que os palestinos não são.
A pesquisa de Martinez-Cobo sugere que as comunidades, os povos indígenas e as nações são aqueles que, tendo uma continuidade histórica com as sociedades anteriores à invasão e colonização, que se desenvolveram nos seus territórios, consideram-se ainda assim distintos de outras franjas que prevalecem agora nesses territórios, ou em partes deles. Eles formam hoje sectores não-dominantes da sociedade e estão determinados a preservar, desenvolver e transmitir às gerações futuras os seus territórios ancestrais e a sua identidade étnica, como a base da sua sobrevivência como povos, de acordo com os seus próprios padrões culturais, instituições sociais e sistemas legais.
Esta continuidade histórica deve assegurar a continuidade, por um longo período, até ao período actual, de um ou mais dos seguintes factores:
- A ocupação de terras ancestrais, ou pelo menos uma parte delas.
As 12 Tribos de Israel e seus territórios.
- A ancestralidade comum com os ocupantes originais dessas terras.
- A cultura em geral e eventos específicos (como a religião, o facto de viverem num sistema tribal, pertença a uma comunidade indígena, roupas, hábitos, estilo de vida, etc. ...).
- A Língua (se usado como a única Língua em vigor, a Língua materna como meio usual de comunicação em casa ou na família, ou como a Língua principal, preferida, habitual, geral ou normal).
Manuscritos do Mar Morto
- Habitação em certas partes do país ou em determinadas regiões do mundo.
- A religião, que afirma o lugar decisivo de conexão espiritual com as terras ancestrais.
- A quantidade de sangue - que corresponde à quantidade de sangue que se tem de um povo específico - que permite a alguém identificar-se com este. Este conceito foi desenvolvido pelos colonialistas, a fim de determinarem o que são as raças indígenas.
Um rápido olhar sobre os judeus. Até que ponto eles correspondem a esta definição?
• A terra foi ocupada, primeiro pelos Romanos e depois pelos Árabes no século VII.
• Eles compartilham um ancestral comum com os ocupantes originais, como identificaram vários estudos genéticos.• Pode rastrear-se directamente a sua cultura no Levante, onde se têm desenvolvido, através do que é hoje conhecido como a "cultura judaica". Enquanto várias comunidades judaicas têm tradições ligeiramente diferentes, todas elas compartilham as mesmas raízes culturais e mantêm-se inalteradas ao longo do tempo. Eles reviveram a sua Língua tradicional, e embora muitos ainda falem Yiddish e Ladino, o Hebraico tornou-se novamente a língua predominante.
• Eles estabeleceram uma conexão espiritual com a sua terra, que desempenha um papel essencial nas suas tradições como povo.
Apesar de todos os argumentos relativos aos judeus "europeus", eles satisfazem, na verdade, todos os critérios estabelecidos por Martínez Cobo. Mesmo que Israel seja o primeiro Estado nativo moderno, ainda há territórios ocupados por estrangeiros na Cisjordânia (Judeia e Samaria). Estas são terras ancestrais, que muitas pessoas sentem que devem ir para os povos indígenas, no que diz respeito à auto-determinação.
O reverso da medalha
Os palestinos têm o que se pode chamar "direitos por presença de longa data" e, embora sejam direitos legítimos, eles não substituem os direitos indígenas. A verdadeira natureza da "presença de longa data" significa que, apesar de terem vivido lá há muito tempo, eles não têm o direito de ocupar ou controlar os povos indígenas.
O argumento de que os palestinos são os indígenas é impreciso por várias razões:
• Aproximadamente 50% dos árabes palestinos não são capazes de traçar a árvore genealógica dos seus antepassados sequer até aos seus bisavós. Muitos são descendentes de árabes levados para o Levante pelos Britânicos, para construírem infra-estruturas após a 1ª Guerra Mundial.
• A grande maioria dos palestinos são muçulmanos Língua árabe; o árabe é a língua nativa da Península Arábica, como é a religião muçulmana. Os lugares mais sagrados do Islão não são encontrados no Levante, mas na cidade de Meca, localizada na Península Arábica. Eles não têm cultura especificamente "palestina", que possa ser completamente datada como palestina, antes de 1960; na verdade, antes desse período, a maioria deles identificava-se como moradores da "Grande Síria".• Alguns palestinos compartilham um ancestral comum com os povos indígenas, mas eles nunca seguiram as tradições indígenas, nem se identificam com os povos indígenas. Eles não compartilham nem a Lingua nem a religião com eles. A quantidade de sangue, por si só, é insuficiente para transmitir o estatuto de Indígena.• Os árabes do Médio Oriente incluem várias populações nativas, mas nenhum grupo se torna indígena no lugar dos povos submetidos. Estes invasores conquistaram toda a região e propagaram a sua própria Língua, costumes e religião. Este é um facto histórico.
Agora você pode perguntar porque é que tudo isto é tão importante. Isto é importante para os povos indígenas, porque não podemos permitir o argumento de que os conquistadores podem tornar-se nativos. Se o permitirmos, como povos indígenas, esse argumento torna-se aceitável, e então nós deslegitimamos os nossos próprios direitos e desapareceremos.
Se os conquistadores puderem tornar-se indígenas, os brancos europeus que invadiram as minhas terras ancestrais na América do Norte, poderiam agora proclamar-se nativos. Os brancos europeus da Austrália e da Nova Zelândia poderiam reivindicar-se como indígenas. Se, nem que seja apenas uma vez, nós permitirmos que este argumento se torne aceitável, os Direitos Indígenas serão abruptamente desvalorizados e desprovidos de qualquer significado. É muito estranho que aqueles que argumentam pelos "direitos indígenas" dos palestinos também sejam geralmente aqueles que têm menos compreensão da História e nenhuma compreensão da verdade do princípio dos Direitos Indígenas.
Zion Karasanti, Yitzhak Yifat e Haim Oshri, junto ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, após a libertação pela Guerra dos Seis Dias, em 7 de Junho de 1967, à esquerda; e 40 anos mais tarde, a 16 de Maio de 2007.
Se você for confrontado com o argumento de que os conquistadores podem tornar-se nativos de uma região, em virtude dos direitos de conquista, pode colocar este artigo sob os narizes de quem o afirmar e ajudá-los a compreender não só porque é que esse argumento é falso, mas porque é tão perigoso para todos os povos indígenas, em qualquer lugar.
Por Ryan Bellerose no Israelycool
EUROPE-ISRAEL
RESPOSTA: INDÍGENA.
Muita gente se põe a opinar sobre o conflito Israelo-Árabe, mas pouca gente se dispõe a estudar. Muitos tomam partido com base na emoção, na manipulação mediática anti-semita.
Mas, curiosamente, são as pessoas que vivem em terras ROUBADAS aos povos indígenas, que mais odeiam que Israel seja independente de novo. Desde logo os muçulmanos, que dizimaram populações inteiras aos milhões, no Norte de África, Sul da Europa, Médio Oriente, Ásia. Veja-se o Egipto, onde sobrevivem os verdadeiros egípcios, os coptas, sempre sob cerrada perseguição.
Mas também outros colonos, como os europeus, os actuais habitantes das Américas, da Austrália, ou da Nova Zelândia. Veja este post, sff:
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